Instituto Pessoas Melhores e Escola Municipal Waldyr Luiz Becker Inauguram Minipista Educativa de Trânsito

No dia 25 de julho de 2025, o Instituto Pessoas Melhores, em parceria com a Escola Municipal Waldyr Luiz Becker e a Secretaria Municipal de Toledo, realizou a apresentação oficial da minipista de trânsito instalada no pátio da escola, com a presença da comunidade escolar e parceiros do projeto.

A iniciativa integra as ações da campanha “Eu Paro Para Pedestres“, lançada em outubro de 2024, e tem como finalidade promover a educação para o trânsito desde os primeiros anos da infância. A proposta visa à formação de crianças mais conscientes quanto à segurança no trânsito, contribuindo para a construção de uma cultura de respeito, responsabilidade e prevenção.

As professoras da instituição comprometeram-se a realizar, de forma contínua, atividades pedagógicas com as turmas do Infantil 4 e 5, utilizando a minipista como ferramenta didática para abordar os papéis de pedestres e motoristas, além de reforçar comportamentos seguros no ambiente viário.

Espera-se que, ao incorporar esses conhecimentos desde cedo, as crianças desenvolvam atitudes cidadãs que impactem positivamente a mobilidade urbana e contribuam para a redução de acidentes e óbitos no município de Toledo — um desafio atual que demanda ações educativas integradas e permanentes.

Ressalta-se ainda que, ao internalizar esses valores, as crianças tornam-se também agentes de transformação em seus lares e comunidades, influenciando positivamente o comportamento de pais, avós e demais pessoas com quem convivem.

Diante dos resultados positivos que uma ação deste tipo pode gerar, aliada ao baixo custo, o Instituto Pessoas Melhores convida outras escolas da rede municipal a multiplicarem esta ação, disponibilizando o projeto pronto e o orçamento da pintura. Também conclama o setor privado a se comprometer com iniciativas como esta, que contribuam para a transformação do cenário atual no trânsito, por meio da formação cidadã de crianças e jovens. A educação no trânsito como política preventiva de longo prazo é de extrema importância e não deve ser encarada como responsabilidade exclusiva do poder público — trata-se de um dever coletivo, que exige o engajamento de toda a sociedade.

Destaque

Como aprender a redigir com facilidade

       

O capítulo 38 do livro Professor não é Educador, do Armindo Moreira trata de como ajudar alunos a aprenderem uma das mais importantes habilidades para a vida e para as profissões: escrever bem. Isto significa organizar as ideias e comunicá-las aos outros.

“Os professores queixam-se de que os alunos não sabem redigir. Para os alunos, redigir é um tormento. E o pior é que o cidadão sai da escola com horror à redação! Vemos, por aí, pessoas que suam para lançar quatro linhas num papel.”

“Quando o professor exige que alunos de nove anos dissertem sobre Os Deveres do Prefeito ou sobre Higiene, os alunos desejariam poder também dizer: Eu nem sei o que isso é!… Mas não podem: têm de fazer a redação, sob pena de serem considerados desobedientes ou preguiçosos e de verem um zero na pauta. E fazem qualquer coisa que sai sem jeito e inaceitável. Esta frustração, repetida vezes sem conto, cria a inibição. Ninguém dá o que não tem é um provérbio que deve estar presente na mente do professor, quando manda fazer uma redação.”

“Escreve quem tem assunto e quem tem palavras para o fazer. Se o aluno ainda não foi acometido pela inibição, ele redigirá com simplicidade e sem esforço sobre assuntos que domina e para os quais ele possui vocabulário. O que mais atrapalha o redator – seja criança, seja adulto – é a carência de vocábulos. Assim, muito antes de exigir que o aluno redija, devemos preocupar-nos com que ele adquira um grande vocabulário; que saiba os nomes das coisas que nos cercam; que saiba os nomes das partes, dos elementos e dos pormenores dos objetos com que lidamos.”

“Um dia, coloquei uma caixa de fósforos sobre a mesa e disse à turma de 5ª série: Façam uma redação sobre esta caixa de fósforos. Foi um espanto de protestos e de desânimo! Alegavam todos que não havia que dizer sobre uma caixa de fósforos. Fiz sinal para que atendessem. Peguei o giz e escrevi no quadro os seguintes nomes: base inferior, base superior, face esquerda, face direita, face anterior, face posterior, aresta, paralelas, logotipo, marca, inscrição, lixa, paralelepípedo, espessura, folha de madeira, invólucro, gaveta, côncavo, curso, comprimento, largura, altura, ajustamento, frágil, leve, ângulo, junta, cola, papel, cor, função. Larguei o giz e disse: Façam, agora. Descrevam a caixa de tal modo, que quem não a viu fique sabendo como ela é e possa até desenhá-la. As canetas começaram imediatamente a deslizar, com alívio e até com alegria. Ninguém fez menos de vinte linhas. Ninguém fez redação inaceitável.”

Esta mesma técnica pode ser aplicada tanto em sala de aula como em casa, escolhendo o aluno ou indicado pelos pais, os temas ou objetos sobre os quais irá fazer uma redação. Como sugestão, para crianças e adolescentes, escolher objetos de seu interesse.

Sobre cada tema ou objeto escolhido, o aluno escreve tudo o que vier à mente – mesmo que seja palavrão, despropósito ou frase incompleta, que se refira ao tema ou objeto. “Chama-se esta parte do exercício prova de velocidade e tem por objetivo que a escrita seja tão rápida quanto o pensamento.”

“Poucos alunos permanecem inibidos. A maioria descobre que o importante é começar a escrever – seja como for e o que for – já que, depois, lança fora o que não interessa.”

Este exercício praticado repetidas vezes, é quase infalível em seus resultados proporcionando à pessoa que a o faz, uma boa capacidade de redação.

Adaptado do livro “Professor Não é Educador”, de Armindo Moreira