Aula – Mobilizar pessoas no contexto de um “Novo Poder”

A aula do dia 21 de Maio tratou sobre um assunto que preocupa qualquer organização: como engajar as pessoas em uma ideia ou movimento. O objetivo da aula foi oferecer algumas perspectivas sobre as novas formas de colaboração, não apenas como métodos, mas compreendendo as novas mentalidades de compartilhamento de ideias e comunidade em rede, afinal, projetar qualquer ação na sociedade deve levar em conta as mentalidades, a cultura e os meios de sua propagação, pois disso depende o alcance de uma solução elaborada com e para a comunidade.

Tomamos por base principal o livro “O Novo Poder: como disseminar ideias, engajar pessoas e estar sempre um passo à frente em um mundo hiperconectado”, de Henry Timms, Jeremy Heimans.

Buscou-se uma reflexão sobre o novo tipo de capacidades que se demandam, que ao invés de acumular informações procura-se canalizá-las, em uma forma de poder cada vez mais horizontal, que funciona com base em energia participativa.

A análise se mostra essencial para organizações e governos, pois vivemos em uma época de vereditos fornecidos por comunidades de usuários, de modo que cria-se um sistema reputacional que muitos ainda não estão preparados para encarar.

Os novos contextos cooperativos parecem contraditórios em uma época na qual todos se mostram menos comprometidos, embora exista o que é conhecido como “ativismo de laços fracos”. É neste contexto de participação que as ideia se movem, e são absorvidas e modeladas pelos participantes das redes, que validam ou não os movimentos. Portanto, não basta a proposta de uma solução ou política, pois ela precisa ser validada e até customizada por inúmeras comunidades. Desse modo, podemos notar como não vivemos mais em uma época em que gerentes ou instituições possuem o domínio absoluto de suas ideias, movimentos e políticas. E quem quiser dominar totalmente uma proposta fatalmente verá ela morrer sem engajamento de público algum, pois não haverá entusiasmo envolvido nesse modelo de ação.

Se as instituições foram em boa parte abaladas, os públicos estão cada vez mais ativos, exigentes e participativos, apesar de mostrarem uma filiação vaga e transitória com as causas que abraçam. São os novos tempos, e quem não entendê-los também não será ouvido, ainda que sua intenção seja boa e justa.

Deixe um comentário